quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como risco em Papel


Delicadeza, mistério e feminino. Palavras para traduzir "Como risco em papel", espetáculo de dança contemporânea em cartaz em agosto no CDMAC (02 e 03) e Teatro São João (05 e 06)
O espetáculo "Como Risco em Papel”, trabalho solo de dança que toma referências no filme “O Livro de cabeceira” de Peter Greenaway (1996), chega a Fortaleza e Sobral no início de agosto. O solo da bailarina Marcela Reichelt se apresenta nos dias 02 e 03 de agosto, no Teatro do Centro Dragão do Mar (Fortaleza) e nos dias 05 e 06 de agosto, no Teatro São João (Sobral). Gratuito. O espetáculo recebeu o Prêmio Klaus Vianna 2009/Funarte para circulação no Norte e Nordeste do Brasil em 2010.
A bailarina gaúcha integrou durante seis anos o Grupo Cena 11 Cia.de Dança (Santa Catarina) e no momento dedica-se a pesquisa solo. “Como risco em papel” é o seu segundo trabalho e sugere analogias entre corpo e livro, pele e papel, discurso e escrita. No enredo do filme de Greenaway, uma jovem de tradicional família japonesa, a cada ano, recebe do pai de forma ritualística mensagens escritas em seu corpo. Desta forma, Marcela usa as referências do filme para criar um trabalho de dança contemporânea sobre as memórias visuais dos corpos.
No palco, a bailarina (que dirige e interpreta o espetáculo) criou um recurso de justaposição de imagens – abundantemente utilizado no filme referência – exercendo uma função narrativa importante, pois permite que o espectador olhe para diferentes formas de apresentar o tema. O trabalho inclui uma pesquisa própria que enfatiza a dança contemporânea como recurso e vocabulário para criação de imagens de um corpo em movimento como um discurso.
Marcela Reichelt se dedica exclusivamente ao aprofundamento de sua pesquisa: corpo e identidade. Nessa coreografia, reconhece e acessa as marcas existentes e individuais no corpo como a caligrafia de um discurso político e poético implícito. Este trabalho foca o argumento, e não por acaso, nas trajetórias e nas marcas irreversíveis ao tempo adquiridas nos corpos. O discurso toma forma quando seu trabalho coreográfico e suas questões pessoais ganham mais tempo de elaboração e de pesquisa.
Na segunda-feira, dia 02 de agosto, às 10h, a bailarina também realiza uma oficina no Alpendre Casa de Arte e Pesquisa (Rua José Avelino, 495, Praia de Iracema). Nesta oficina, ela destaca um bailarino da cidade para compor uma parte do espetáculo.  A idéia é realizar a performance e registrar em vídeo para inserir o recurso no espetáculo. É uma forma de atravessar um limite do teatro e do espetáculo criando novas possibilidades de relação com espectador. Inscrições: (85) 9991-0474.

Serviço:
Como risco em papel
Solo da bailarina Marcela Reichelt
Duração: 50’
Classificação etária: 16 anos.

FORTALEZA
Oficina com Marcela Reichelt
Dia 02 de agosto, 10h
Alpendre Casa de Arte e Pesquisa (Rua José Avelino, 495, Praia de Iracema)

Apresentações Como risco em Papel
Dia 02 de agosto, 20h
Dia 03 de agosto, 18h
Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Grátis

SOBRAL
Apresentações Como risco em Papel
Dia 05 de agosto, 20h
Dia 06 de agosto, 20h
Teatro São João/Sobral
Grátis

 

Sobre a artista

Marcela Reichelt - Porto Alegre/RS

Em 2009, a bailarina foi premiada no 13º Festival da Cultura Inglesa de São Paulo pelo espetáculo que criou e interpretou “Como risco em papel” é seu segundo trabalho solo. Em 2008 participou de uma residência no Brasil com a Impiure Dance Company dirigira por Hooman Sharifi com Grupo Cena11. Integrou durante 6 anos como bailarina o Grupo Cena 11 Cia.de dança e no momento dedica-se a sua pesquisa solo. Junto ao grupo participou de Mostras Internacionais, em 2008 do Kampnagel (Hamburgo), 2006 InTransit Festival (Berlin) 2005 MoveBerlim, 2004 InTransit Festival (Berlin) e nacionalmente apresentou em diversos estados.  Em 2007 com bolsa no Projeto Mergulho no Palco em Florianópolis, desenvolveu sua primeira pesquisa coreográfica solo “Occo”. Iniciou sua pesquisa coreográfica em parceria com o bailarino João Fernando Filho. Integrou a Muovere Cia. de Dança sob direção de Jussara Miranda, participando de todas as montagens durante 1998 à 2003, dirigida cenicamente por Nestor Monastério. Iniciou seus estudos de daça em Porto Alegre em 1985. Teve contato entre outras, com as técnicas Axis Syllabus com Frey Faust (BE), View Points, com Michael Stubblefield (EUA), Reestruturação corporal com Lu Favoretto (SP), Limón com Israel Villa (SP), Mimo Corpóreo com Thomas Libhart (EUA), Conexões técnicas e criativas com Clara Trigo (BA), Nathalie Pubelier (FR) e Performace com Rose Akras (SP).

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